Biomas brasileiros – Biologia Enem

Cerrado

É o segundo maior bioma brasileiro, localizado na região centro-oeste. A principal marca do bioma cerrado são seus arbustos de galhos retorcidos e o clima bem definido, com uma estação chuvosa e outra seca. A vegetação possui adaptações para captação de água. Plantas resistentes ao fogo como cera contra o fogo e ao ser queimada possuir raízes profundas que regeneram as plantas, característica importantes para as plantas do cerrado que sofrem com queimadas constantes. Acredita-se, pois, que as peculiaridades da flora (troncos tortuosos e com casca espessa...) se devam à falta de alguns micronutrientes específicos, solo rico em minérios de alumino (uma das teorias, que poderia afetar a forma das plantas) e não à falta de água necessariamente.

Caatinga

Localiza-se no sertão nordestino, com clima quente e seco, com uma vegetação formada por plantas
xerófitas. O clima da Caatinga é semiárido, caracterizado por altas temperaturas, com médias anuais entre 25o C e 30o C. O sistema de chuvas é complexo. Durante poucos meses caem chuvas irregulares e alguns anos são mais chuvosos alternados irregularmente com anos de secas. Além disso, serras e chapadas mais altas da Caatinga recebem maior quantidade de chuvas, que escoam dando origem aos rios e lagos da região, muitas vezes temporários. As áreas de planície estão sujeitas a um período de seca longo e severo. De forma geral, os solos são ricos em minerais, garantindo a fertilidade nesse ambiente. Por isso quando chove as regiões secas se transformam rapidamente e dão lugar a gramíneas e árvores cobertas por folhas. A decomposição de matéria orgânica no solo da Caatinga é prejudicada pelo intenso calor e luminosidade. Apesar das condições severas, é possível encontrar uma diversidade de ambientes na Caatinga. A flora é uma resposta à variação na disponibilidade de água e nutrientes, formando um mosaico de diferentes tipos de vegetação adaptada ao tipo de solo e a disponibilidade de água. A fauna é bastante diversificada, sendo representada por muitas espécies de mamíferos, aves, répteis, anfíbios e peixes, dentre outros. Plantas com espinhos também como adaptação as secas.

Floresta Amazônica

Maior bioma do Brasil, localizado na região norte e de clima quente e úmido. Possui a maior biodiversidade do planeta, tanto de fauna quanto de flora. Apesar da riqueza das florestas tropicais, elas estão geralmente baseadas em solos inférteis e improdutivos. Grande parte dos nutrientes é armazenada nas folhas que caem sobre o solo, não no solo propriamente dito. Quando esse ambiente é intensamente modificado pelo ser humano, a vegetação desaparece, o ciclo dos nutrientes é alterado e a terra se torna rapidamente infértil. O solo da floresta amazônica é considerado pobre pelo fato de o clima ser quente e unido que impulsiona a proliferação de decompositores, dessa forma tendo uma decomposição rápida e as plantas utilizam dessa matéria inorganica rapidamente pelo fato da alta competição entre elas por luz e nutrientes, devido até essa competição temos copas/dossel fechadas (plantas latifoliadas), outra consequência são as plantas epífitas, com isso o solo fica como uma fina camada de nutrientes porém, o húmus formado pela decomposição da matéria orgânica, ou seja, folhas, flores, animais e frutos é rica em nutrientes utilizados para o desenvolvimento das espécies e da vegetação da Floresta em suma temos que a rápida reciclagem dos nutrientes potencializada pelo calor e umidade das florestas tropicais, o que favorece a vida dos decompositores. Alta diversidade de microclimas devido a diferentes altitudes dentro da florestas com arvores altas e médias e também temos que as plantas ocasiona a grande especiação.

Manguezal

Bioma ecótono (o ecótono é a transição entre duas ou mais comunidades que diferem entre si) entre rios e mares, sofre frequentes inundações. Sua vegetação adaptada para o solo encharcado e salino. É uma região de berçário de espécies marinhas. Os mangues apresentam adaptações que lhes permitem sobreviver num ambiente com características estressantes como o manguezal. As raízes áreas são adaptações para o solo pobre em oxigênio. Nos mangues pretos e brancos as raízes emergem de baixo do sedimento em direção ao ar, e mesmo durante a maré cheia suas extremidades ficam expostas ao ar possibilitando as trocas gasosas, essas raízes são chamadas pneumatóforos. Já o mangue vermelho apresenta expansões no caule principal contendo lenticelas, que são buracos por onde são feitas as trocas gasosas.

Mata Atlântica

Considerada um dos biomas mais ameaçados do planeta, a Mata Atlântica é o domínio de natureza mais devastado do Brasil. Ela estende-se do Piauí ao Rio Grande do Sul e correspondia a, aproximadamente, 15% do território nacional, no entanto, a intensa devastação desse bioma para plantação de cana-de-açúcar, café, mineração e outras atividades econômicas reduziu drasticamente essa cobertura vegetal, restando, atualmente, apenas 7% da mata original, localizada principalmente na Serra do Mar.
Presente em quase todo o litoral brasileiro. Possui um clima quente e úmido, além de uma alta riqueza de espécies, alto endemismo e epifitismo. A Mata Atlântica é composta por um conjunto de fisionomias e formações florestais, com estruturas e interações ecológicas distintas em cada região, ela está na faixa de transição com os mais importantes biomas do Brasil: caatinga, cerrado, mangues, campestres e planaltos de araucárias.
Seu clima predominante é o tropical úmido, no entanto, existem outros microclimas ao longo da mata. Apresenta temperaturas médias elevadas durante o ano todo e a média de umidade relativa do ar também é elevada. As precipitações pluviométricas são regulares e bem distribuídas nesse bioma. Quanto ao relevo, é caracterizado por planaltos e serras.
A importância hidrográfica da Mata Atlântica é grande, pois essa região abriga sete das nove maiores bacias hidrográficas do país, entre elas estão: Paraná, Uruguai, Paraíba do Sul, Doce, Jequitinhonha e São Francisco.
Esse bioma é um dos mais ricos do mundo em espécies da flora e da fauna. Sua vegetação é bem diversificada e é representada pela peroba, ipê, quaresmeira, cedro, jambo, jatobá, imbaúba, jequitibá-rosa, jacarandá, pau-brasil, entre outras. Esses dois últimos (jacarandá e pau-brasil) são o principal alvo da atividade madeireira, fato que ocasionou sua redução e quase extinção.

Mata de Araucárias

Mata de araucária é uma formação vegetal brasileira que se desenvolve especialmente nos estados da região sul do país e em partes de relevo mais elevados e frios de São Paulo e Minas Gerais.

Mata Atlântica é denominada também de mata dos pinhais e floresta aciculifoliada. Esse tipo de vegetação está adaptado ao clima subtropical que possui verões quentes e invernos relativamente rigorosos com chuvas bem distribuídas durante o ano, além disso, o relevo influencia, uma vez que esse tipo de vegetal prolifera em áreas que se encontram no mínimo 500 metros acima do nível do mar.

As árvores são do gênero coníferas, da família Araucariaceae, a espécie que predomina na região é a araucária augustifolia. As folhas são estreitas e compridas e sua estrutura vegetativa é bastante homogênea, pois não há grandes variações de espécies de araucárias, além de se localizarem espaçadas uma das outras. As araucárias atingem até 50 metros de altura e produzem sementes comestíveis, denominadas de pinhão. São identificadas, em menor número, plantas como vários tipos de canela, cedro, ipês, erva-mate e imbuia.

Apesar de sua extrema importância, atualmente existem apenas 3% do total original dessa formação vegetal. Os principais fatores que conduziram à tamanha degradação foram a ocupação urbana, a extração de madeira e a agropecuária.

Mata dos Cocais

A Mata dos Cocais é um tipo de cobertura vegetal situada entre as florestas úmidas da região Norte e as terras semiáridas do Nordeste do Brasil, sendo uma zona de transição entre os biomas Caatinga, Floresta Amazônica e Cerrado. Abrange predominantemente o Meio-Norte (sub-região formada pelos estados do Maranhão e Piauí), mas também se estende pelos estados do Ceará, Rio Grande do Norte e Tocantins.
A vegetação da Mata dos Cocais é dominada pela palmeira babaçu (sendo a mais importante a Orbignya speciosa), que predomina nos locais mais úmidos como o Maranhão, norte do Tocantins e oeste do Piauí. Na área menos úmida, que abrange o leste do Piauí e litorais do Ceará e Rio Grande do Norte, predomina a palmeira carnaúba (Copernicia cerifera). As outras principais palmeiras são o buriti (Mauritia flexuosa) e a oiticica (Licania rigida). Uma grande quantidade de arbustos e vegetações de pequeno porte também são encontradas nos locais de menores altitudes.z

Pampa

Localizado no sul, é uma região de alta produtividade primária líquida e muitas gramíneas. Também conhecido pelos nomes de Campanha Gaúcha, Campos Sulinos e Campos do Sul, o pampa foi o território onde ocorreram as batalhas da Guerra do Paraguai entre os anos de 1865 e 1870, conflito que teve participação do Paraguai, Brasil, Argentina e Uruguai. Ao ser observado ao longe, o pampa tem a aparência de um tapete verde por possuir paisagem plana e homogênea. Em comparação a savanas e florestas, o pampa é considerado fundamental na atenuação do efeito estufa, controle da erosão do solo e preservação da biodiversidade.
Na parte do pampa que pertence o Brasil, são encontrados mais de 3 mil tipos de plantas vasculares. Entre elas, destacam-se as gramíneas como o capim-mimoso, que compõe a dieta de equinos, bovinos e grandes herbívoros silvestres. A pampa conta com mais de 350 espécies de aves como caturritas, anus-pretos e pica-paus, além de 90 tipos de mamíferos como tatus, veados e guaraxains. Com temperatura amena e chuvas que não variam muito durante o ano, o clima do pampa é considerado subtropical. Com solo fértil, é uma área importante para a agropecuária.

Pantanal

Ocorre uma divisão de estações seca e chuvosa bem definida. Nas estações chuvosas há muitos alagamentos de suas planícies. Possui uma alta biodiversidade.
O solo do Pantanal é principalmente arenoso e argiloso, esse fator associado à baixa declividade e aos muitos rios dessa região contribui para o alagamento do Pantanal. As primeiras chuvas caem sobre um solo poroso e são facilmente absorvidas, com o umedecimento da terra várias espécies de vegetais rebrotam e a planície se torna verde. Em poucos dias o solo não consegue mais absorver a água que passa a se acumular nas áreas mais baixas. O nível dos rios e lagoas aumenta provocando enchentes e o Pantanal se torna um enorme alagado. Durante a seca, a água fica restrita aos leitos dos rios, lagoas e banhados.
Há regiões altas que nunca são alagadas, como os morros isolados que se destacam nas áreas inundadas como verdadeiras ilhas cobertas de vegetação e são usados por animais que fogem da subida das águas e procuram abrigo. Algumas regiões ficam quase sempre submersas e outras se apresentam alagadas durante alguns meses.
A flutuação no nível da água é fundamental para o funcionamento desse bioma. Durante a seca, o material que se decompõe no solo contribui para o enriquecimento da água de inundação durante a cheia. Quando as águas recuam, elas deixam uma rica camada de nutrientes no solo, que servirão de base para o surgimento de uma extensa vegetação.

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